Nessa semana, Berlin comemorou a queda de 25 anos do muro que dividia a cidade ao meio. A barreira geográfica dividiu o território ideologicamente por quase três décadas e se tornou o simbolo da guerra fria - e protagonista de histórias interessantíssimas, como as fugas mirabolantes entre os lados. O blá blá blá histórico é para explicar porque ver "Adeus Lênin" é importante para entender um pouquinho esse momento.
Pra quem não conhece, o filme conta sobre Alex, filho de Christiane Kerner, uma mulher ativa no movimento socialista, que fica em coma durante oito meses e acorda depois da derrubada do muro. Com medo da saúde da mãe, o filho faz de tudo para que ela não descubra que a Alemanha foi unificada - de gravar um telejornal falso a trocar rótulos de produtos importados por os de produtos da RDA (Alemanha Oriental). Muita gente tem uma visão mais seca sobre o filme, sobre como a "mãe socialista" está morrendo enquanto o mundo capitalista se moderniza a sua volta. Eu gosto mais da versão sentimental, sobre um amor de um filho, que mesmo a favor da unificação, tenta ver o mundo pelos olhos da mãe militante e fazer ela feliz.
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