"The Newsroom", a série que os jornalistas amam odiar, estreia sua última temporada nesse domingo. Com apenas seis episódios, é a chance da equipe do fictício canal por assinatura ACN se despedir dignamente e conseguir fechar a história de seus personagens (que se perdeu na segunda temporada e ganhou um tom muito mais pessoal do que a missão jornalistica tão debatida na primeira). No final dessa temporada, serão apenas 26 episódios sobre o grupo de jornalistas encabeçados por Will McAvoy, o que é pouco para os orfãos do gênero.
Com o mesmo tema mas em outra época, "The Hour" pode ser a solução para os carentes de séries jornalistas (e diz o boato, foi fonte de inspiração para Aaron Sorkin, criador de "The Newsroom"). Ambientada nos anos 1950, em meio a crise do canal de Suez e a revolução húngara, a série acompanha contratação do jornalista Freddie Lyon para o programa "The Hour", produzido por sua amiga Bel Rowley. Inconformado pela falta de liberdade de apuração e pela perda do cargo de âncora do programa para Hector Madden, Freddie tenta lidar com o dia a dia da redação e uma investição com ares conspiratórios.
Apesar da sinopse se centrar em apenas um personagem, são os personagens de Ramola Garai (Bel) e Dominic West (Hector) que roubam a atenção - enquanto a série se volta para o foco jornalistico, a investigação e a energia de colocar um telejornal no ar com estilo mais moderno no período mais clássico do jornalismo. Assim como a MacKenzie de "The Newsroom", Bel tem um olhar diferente e consegue controlar os egos da redação. Hector parece uma mistura de McAvoy com Don de "Mad Men", charmoso mas coerente em seu trabalho.
A boa notícia é que a série - que apesar de ser da BBC é pouco conhecida do grande público - está disponível no Netflix. A má é que assim como sua "irmã jornalística" norte-americana, o seriado não tem muito para acompanhar: são apenas 12 episódios e um final pra lá de ambíguo.
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